21 de dezembro de 2012

A minha médica

A minha querida médica acompanha-me desde os meus 15 anos.
No entanto nunca tivemos uma relação próxima, as consultas eram sempre rápidas, estava sempre tudo bem, a maioria das consultas eram de rotina ou para pedir receitas de pílulas ( ahahahaha pílula).
Ela é muito pragmática, não é daquelas que nos passa a mão na cabeça, pelo contrário, é directa e de poucas palavras.
Quando soubemos que tínhamos um problema de infertilidade, diagnosticado por ela, senti-me sozinha e de certa forma estava à espera de mais apoio, no dia em que soube os resultados dos exames, ela não veio falar comigo, foi a recepcionista que me pediu para ir ter com ela à MAC, só voltámos a falar quase um mês depois.
Senti-me triste e desiludida, estava à espera que ela viesse dar-me algum tipo de apoio, ( o que no meu caso se iria traduzir em chorar, chorar no ombro da médica)
Comentei com o R., com a  minha mãe e com a minha irmã, que também acharam estranha a reacção dela.
Quando me apercebi da realidade que se vive na PMA da MAC e da realidade que são os tratamentos, percebi que não havia outra forma de ela própria se proteger, uma relação muito próxima com as pacientes pode afectá-la a ela, mas também a nós.
Não foi ela que me fez a ICSI, porque entretanto e dada a lista de espera no público decidi avançar pelo privado nos Lusíadas.
Quando engravidámos ficamos com um problema nas mãos, quem nos iria seguir a gravidez, ponderámos bastante e optámos pela minha médica de sempre, pedimos desculpa à outra médica e explicámos a situação.
Durante a gravidez a nossa relação foi crescendo, as consultas eram muito divertidas, ríamos imenso, fomos criando laços, as coisas evoluíram.
Depois de ela me fazer o parto, tudo mudou, se não fosse ela sei que o parto não teria sido como foi, a equipa estava a tentar forçá-la para fazer uma cesariana ( o M. era muito pesado, eu tenho uma estrutura pequena e os batimentos dele estavam a diminuir).
 Não tenho nada contra as cesarianas, inclusivamente na altura até me parecia bem mais fácil do que um parto normal, mas para nós tinha dois grandes contras: só poderíamos tentar engravidar novamente daqui a dois anos (que não está dentro dos nossos planos, nós queremos começar a tentar mal possamos e estejamos física e psicologicamente aptos) e se fosse cesariana o próximo parto não poderia ser induzido, o que nos deixava desde já algumas condicionantes, coisa que não nos agradava.
Se o parto foi rápido, foi graças a ela e se foi parto normal foi também graças a ela, que acreditou que eu conseguiria.
A nossa relação a partir daquele dia ficou forte.
No dia em que fui tirar os pontos (uma semana após o nascimento do M.) levei-lhe um pequeno presente de agradecimento e no final da consulta ela abraçou-me e eu desatei a chorar no ombro dela e quando reparei também ela estava comovida a abraçar-nos.
Alguém me disse um dia que os médicos que trazem os nosso filhos ao mundo ficam marcados para sempre e é mesmo verdade.
6ªfeira tenho consulta com ela, tenho saudades dela e cada vez que penso nela as lágrimas vêm-me aos olhos ( eu sei que também sou dada a estas choradeiras, mas a minha gratidão para com ela é tão grande que me dá para isto).
T




Consulta revisão de parto

Hoje tive a minha consulta de revisão de parto.
Estava ansiosa, tinha algumas questões que queria esclarecer e queria saber que estava tudo bem.
Comigo esta tudo óptimo, utero no tamanho correcto, maminhas sem quistos , caroços e coisas que tal,  estou a recuperar o peso e neste  momento tenho 54kg, perdi até agora 10 kg.
Estou a tomar a pílula da amamentação  e já tenho luz verde para a minha vida totalmente normal.
Uma das questões que queria saber era quando e que nos podemos começar a pensar em engravidar de novo, sei que a seguir a uma gravidez e muito mais fácil voltar a engravidar e uma gravidez natural seria maravilhosa.
A minha medica foi a própria a dizer para tentarmos muito no período a seguir.
Eu sei que ainda e cedo, eu vou esperar pelo menos até acabar o tempo da amamentação, até porque quero usufruir do M. o mais que puder, mas a medica disse que como foi parto normal posso engravidar quando eu quiser!
Disse-lhe que se calhar esperávamos pelos 5 /6 meses do M. e ela receitou ao R. o Spermox, eu já tinha pesquisado e já tinha ouvido falar .
Convém ser tomado uns meses antes de começarmos a tentar, portanto vamos começar a toar para o mês que vem .
Claro que vamos tentar tão cedo porque sabemos que poderá demorar e nao queremos perder esta oportunidade.
De resto tudo bem, levei o boletim de gravida e terminamos assim este ciclo.
T

19 de dezembro de 2012

Hora do banho


A hora do banho cá em casa é uma dualidade, começa muito calmamente e termina em loucura.
A nossa intenção é fazer desta hora um momento de descontração e de relaxamento, depois do banho o M. "janta" e vai dormir.
Costumamos baixar as luzes para ficar só com uma luz ambiente, colocamos uma música suave e tentamos fazer com que ele chore o mínimo possível.
Ora vejamos:
No curso de preparação para o parto ensinaram-nos que a água devia estar entre os 37 / 38º  e aprendemos a técnica do banho com um boneco claro!
No hospital o primeiro banho do M. parecia um massacre, ele chorava, gritava, esperneava e eu só pensava: boa isto deve ser mesmo fácil, tal e qual como fizemos no curso!!!
O segundo banho foi dado pelo pai, igualmente aterrorizador.
Em casa, o primeiro banho foi feito tal como mandam as regras em relação à temperatura da água e o M. continuava sem gostar, continuava a chorar, a gritar, a escorregar das mãos ( sim no curso é tudo tãoooo fácil, mas depois em stress, com o bebé a berrar a escorregar por todo o lado é bastante diferente).
No 2º banho, tudo igual, pensámos que com o tempo se iria habituar.
Ao 3º banho, o R. deixou o termómetro de lado e decidiu colocar a água um bocadinho mais quente... resultado quando despimos o M. foi a choradeira total (como é sempre!) , até o lábio de baixo estremece, é mesmo de cortar o coração, depois quando o colocámos na banheira, silêncio... adorou, descontraiu e não deitou nem uma lágrima a mais durante o banho.
A partir desse dia o banho é tipo Spa, adora, mal entra na água não existe barulho, fica ali a olhar e a receber uns miminhos dos papás.
Quando estava grávida li um livro que recomendo da Tracy Hogg "Secrets of the Baby Wisperer: How to Calm, Connect and Communicate with your Baby", onde ela dizia que apesar de tudo o que possamos aprender, nós pais é que sabemos o que é melhor para o nosso bebé e por vezes as regras não servem para toda a gente de igual forma.
E assim foi, o nosso M. gosta da água mais quentinha do que dizem os livros e as enfermeiras e logo no 2º banho deixámos o termómetro de parte e preferimos ser nós a ver a temperatura ideal para o banho dele.
A parte de vestir também não é fácil, aquelas roupas mini mini, algumas com os pulsos demasiado apertados, cheias de molas, botões e lá estamos nós, puxa daqui, estica dali com o creme hidratante no corpo do pequeno M. o que torna todo o processo ainda mais difícil. 
Ele chora sempre nesta parte e aqui ainda não conseguimos melhorar, com o tempo vamos lá.
T




Presentes de natal


Ainda nao comprámos os presentes de Natal.
Adoro esta parte, andar a procura do presente ideal para pessoa.
Para mim e para o R. este ano o Natal será especial, o nosso presente chegou antecipado.
Amanha é o dia =) deve estar já tudo escolhido, esgotado e lotado mas terá que ser.
Temos uma tradição recente na nossa familia, costumamos escolher um filme de Natal que esteja em exibição e vamos todos juntos , este ano nao vai ser possível em principio vamos ver o filme cá em casa.
T

17 de dezembro de 2012

Cólicas


Oficial - temos cólicas instaladas, instaladasssssssss!
E já damos o infacalm como se nada fosse.
Até agora tem ajudado bastante, ou seja, o pequeno M. esta melhor e aguenta-se melhor durante a noite.
Alerta- As cólicas chegam a horas certas e sao bastante pontuais.
Portanto andamos para a frente com o infacalm e com o aero-om que apesar de nao fazer grande coisa as cólicas , faz ao meu pequenino, que mal pomos uma gotinha na boca fica em delírio e por vezes (muitas!) chega a adormecer.
Tudo passa, isto também e apenas uma fase.
T

16 de dezembro de 2012

1 mês

Ontem o M. fez um mês .
Há um mês atras a minha vida mudou para sempre.
Nem consigo acreditar que passou um mês desde que nasceste.
Nao passa um único dia em que nao reveja os momentos que passamos, o dia mais feliz da minha vida
Nao quero esquecer nada, desde esse dia, quero reter tudo, esforço-me todos os dias para reter na minha memória o mais possível de ti.
Quando te olho e revejo as fotografias já noto tantas diferenças, vejo a roupa a deixar de te servir e penso que realmente passa tudo muito rápido.
As coisas nem sempre sao fáceis , as noites mal dormidas, a dependência que temos uns dos outros, as alterações hormonais que nos deixam por vezes mais em baixo, o dia parece que voa entre maminhas, mudas de fraldas, mudas de roupa e choros.
Mas nao passa também um único dia em que nao agradeça o que tenho, sinto-me muito feliz por te ter aqui e e sem duvida melhor do que alguma vez imaginamos.
És tão nosso, tão meu que nao quero que este sentimento desapareça nunca.
Imagino muitas vezes o que será o futuro contigo e nao consigo deixar de me emocionar sei que um dia nao serás tão meu, por isso mesmo quero aproveitar agora que o és , sentir o teu cheiro, apertar-te e dar-te mimos , colinho, beijinhos e tudo o que houver mais para dar.
T

13 de dezembro de 2012

4 semanas

Hoje fazemos quatro semanas.
Mudar fraldas, colocar a arrotar, dar maminha, fazer massagens, mudar a roupa, dar banho, limpar os olhos e o nariz, ver a febre, colocar o ovinho no carro, colocar o M. no sling etc, etc, etc.
Sabemos fazer tudo e os nossos dias resumem-se a isto e a olhar para ele, dormir com ele, mimar, brincar e amar.
Tudo tem sido fantástico, mas desde o início desta semana as cólicas nao o deixam descansado e nao é fácil...
O choro dele é aflitivo e deixa-nos de coração partido.
Tentamos os truques que aprendemos e que vamos lendo e já demos o aero-om, hoje pela primeira vez vamos dar o infacalm.
Também temos cá em casa o colimil, um produto à base de chás que é menos agressivo que o infacalm e o infacol.
Vamos seguir o conselho da Restelinha e como hoje o M. já tem 28 dias de vida vamos dar-lhe o infacalm.
As roupas de Newborn e de 0 meses, já nao lhe servem, temos que voltar a ir as compras ;)
A alimentação do M. continua a ser exclusivamente leite materno e nessa área estamos óptimos.
O R. vai trabalhar a 27 de Dezembro e aí sim eu vou sentir a diferença , sem ajuda durante o dia e com o M. sozinha o dia todo.
Já marcámos as consultas no pediatra para os próximos  6 meses, de forma a garantir que não ficamos sem vaga.
Sábado fazemos um mês , nem acredito que já passou um mês inteiro!!!!! Parece-me impossível, o tempo com eles voa, mas voa mesmo.
T


10 de dezembro de 2012

Esta semana

Esta semana temos muita coisa a acontecer:

O R. faz anos, o primeiro aniversário como pai.
Temos uma festa de aniversário surpresa ( não é do R.)
O M. faz 1 mês.
Como é possível já ter passado 1 mês... as roupas de 0 meses começam a ficar pequenas, olhamos para as fotografias e já conseguimos notar diferenças!
O tempo voa !
Começámos na fase das cólicas =), ainda muito poucas e sempre à mesma hora!!! Será possível?!
Andamos a adiar o Aero-om e os infacol e infacalm da vida, mas mais cedo ou mais tarde julgo que nos iremos render. 
O nosso receio é que na bula diz para não administrar antes dos 28 dias... andamos indecisos.
O pediatra disse para lhe darmos 5 gotas antes de cada maminha , mas ainda não conseguimos, andamos com massagens, miminhos e alguma paciência, a tentar enganar as malditas.
No outro dia demos uma gota, UMA GOTA e acreditem que o M. se calou no minuto a seguir.
É mágico =), mas a enfermeira com quem fizemos a preparação para o parto alertou-nos para o Aero-om e Infacalm e disse para tentarmos tudo antes de avançarmos para estes dois medicamentos e é o que temos feito.
Pensamento positivo: As cólicas duram até aos 3 / 4 meses, depois passa tudo!
T


6 de dezembro de 2012

Instinto maternal

Nunca fui uma pessoa com o instinto maternal apurado, isto e , nunca fui daquelas pessoas que querem sempre pegar nos bebes, falar de bebes, etc.
A minha irmã pelo contrario, tem um dom, qualquer bebe que vá para o colo dela fica imediatamente calmo, sem chorar, ela sabe mudar fraldas, dar banho, ver a febre, pegar num bebe, enfim tudo o que uma mae sabe fazer, ela sabe fazer, sem ser ainda mãe .
Eu pelo contrario consigo contar pelos dedos das mãos as vezes que peguei num bebe em toda a minha vida, quando pegava em algum choravam e eu nunca me sentia muito confortável ,sei que o meu instinto nao era igual ao da minha irmã.
Quando engravidamos por incrível que pareça , nunca pensei nisso, se sabia dar banho, pegar, dar maminha, achava que algures em mim esse milagre se iria dar de forma natural.
E assim foi, quando o M. veio para os meus braços, toda eu já era mãe , já não havia duvidas  de que a natureza se tinha encarregado de me transformar em mãe .
T

Pediatra, primeira reunião de trabalho e 3 semanas

Hoje fazemos 3 semanas.
O tempo passa a correr!!!
Esta semana, dia 3 de Novembro - segunda feira, tivemos a primeira consulta com o pediatra, o M. esta óptimo, esta a engordar e neste momento tem 3.900kg.
Fizemos as perguntas do costume e parece-nos que esta tudo bem com o nosso pequenino.
Na 3 feira tínhamos 3 reuniões derramado agendadas fora de Lisboa , o nosso M. foi connosco, portou-se lindamente e numa das reuniões participou ao colo da mãe .
Bebes modernos estes!
Estamos óptimos, mas começamos agora a acusar algum cansaço , acho que nos primeiros dias andamos cheios de adrenalina, mas depois o corpo começa a ressentir-se, até se habituar de vez.
De qualquer forma acho que temos muita sorte, o nosso M. continua calminho, e a dormir mais ou menos bem, o que nos da algumas horinhas de sono por noite.
T

29 de novembro de 2012

Há um ano atrás

Há um ano atrás coloquei esta imagem no blog, tinha descoberto que tínhamos um problema de infertilidade.
Andávamos a tentar engravidar há imenso tempo.
Primeiro ano nada, mas pensámos que seria normal, depois surgiu uma oportunidade de eu mudar de emprego e estive cerca de 6 meses em suspenso para fazer esta transição , mas não queria engravidar entretanto portanto deixámos de tentar, depois a proposta realmente apareceu e eu mudei de emprego portanto continuámos em suspenso sem tentar, após 8 meses não estava nada satisfeita com o emprego em questão e pensei em recomeçar os treinos.
Nada! Era um desespero todos os meses, os dias que antecediam o período eram uma angústia e depois uma desilusão.
Em abril de 2011 estávamos de férias fora de Portugal e achei que estava grávida, quando regressámos fomos para o Alentejo e tive um atraso de 5 dias, lembro-me de não dormir numa das noites, a pensar que estava mesmo grávida.
Era domingo, quando chegámos a Lisboa, pedi ao R. para passar na farmácia, inventei uma desculpa de que precisava de uns comprimidos e assim foi, fui comprar um teste de gravidez, cheguei a casa e fiz...mas ia fazer só para confirmar porque eu achava mesmo que estava gravida.
O teste deu negativo e eu pensei que se calhar estaria de pouco tempo e o teste não acusava a hormona.
Na segunda feira fui à casa de banho de 10 em 10 minutos e nada, até que de repente ... Tchantchan! Em vez de pensar que era o período , pensei que estava a ter um aborto espontâneo ( tal não era a crença de que estava gravida) liguei para a minha medica e disse-lhe o que se tinha passado, disse-me para aguardar e repetir o teste, mas não foi preciso...
Decidimos colocar uma data , Agosto, como o limite para tentarmos engravidar, a partir da qual marcaríamos uma consulta com a minha medica para nos passar os exames necessários.
Nunca pensamos que nos pode acontecer, estávamos crentes que as coisas se resolveriam por si.
Chegou Agosto, Setembro, Outubro ( os nossos amigos P. e J. casaram e eu sempre pensei que já iria grávida ao casamento deles) e Novembro.
Em Novembro fomos à médica, que nos disse logo que se não tínhamos engravidado até agora, poderia ser que tivéssemos algum problema.
A infertilidade é diagnosticada a um casal que tem relações sexuais sem protecção e ao final de dois anos não consegue engravidar.
Os nossos dois anos já tinham passado, mas tentávamos acreditar que  tínhamos feito pausas, que andávamos a trabalhar muito, que andávamos tão compenetrados em querer engravidar que isso nos estava a bloquear.
Nos jantares de família a famosa questão dos filhos deixava-nos sem palavras, mais do que isso despedaçava-nos por dentro.
Em Julho recebemos a noticia de que a minha prima C. estava grávida, também ela estava a tentar
engravidar do segundo filho há cerca de um ano e ainda não tinha conseguido.
Estava no atelier quando soube a noticia e por mais contente que tenha ficado, assim que desliguei o telefone chorei, toda a gente conseguia menos nós.
A minha médica segue-me desde os meus 15 anos, por coincidência é especialista em infertilidade, passou-nos exames muito iniciais, para mim análises ao sangue, ecografia, para o R. análises ao sangue e espermograma num laboratório especifico ( disse-nos logo que em muitos laboratórios as contagens sao mal feitas e que as pessoas continuam enganadas depois de fazer o exame , disse que só tinha confiança naquele laboratório) .
Disse-me também que ia começar por despistar a infertilidade masculina, que é mais fácil de detectar, através de um espermograma, que é um exame fácil de realizar, contrariamente à infertilidade feminina que requer exames mais invasivos e dolorosos.
Assim foi, fizemos os exames no mesmo laboratório, entregámos tudo às 8h da manha e o resultado estava pronto ao final da tarde.
Estava numa reunião de obra em Santarém, quando me ligaram a dizer que os resultados estavam prontos, eram 15h e qualquer coisa e pensei, vou-me já embora, vou buscar os exames e vou levá-los à Dra.
A viagem foi feita em lágrimas, mas com esperança de que tudo estivesse bem.
Liguei ao R. para lhe perguntar se ele se importava de que eu abrisse os exames sem ele e os levasse para serem analisados, ao que ele respondeu que não.
Entrei no consultório e pedi à recepcionista para entregar os resultados a Dra. e que aguardava que ela me dissesse alguma coisa.
O consultório estava cheio, quando a recepcionista regressou começou a falar com algumas pacientes que lá estavam e deixou-me para o fim, depois disse, a Dra disse para ir ter com ela à maternidade, para uma consulta de infertilidade, os resultados do seu marido não estão muito bons, disse.
Não sei o que senti, sei que não consegui conter as lágrimas e fui-me embora sem conseguir ouvir a conversa até ao fim, pedi desculpa mas disse que tinha que ir embora.
Quando saí,  desabei... liguei à minha mãe que percebeu logo o que se tinha passado.
Depois liguei ao R. mas não consegui contar por telefone, contei-lhe depois ao final do dia.
A questão da infertilidade pode dividir um casal, para nós não foi fácil ao principio, mas depois conseguimos com alguma calma ultrapassar cada uma das fases.
A partir daqui a história está relatada no blog.
Na altura enquanto não tínhamos dito às pessoas que nos são próximas, tornei o blog privado e só mais tarde decidi voltar a colocá-lo público.
De Novembro até à primeira consulta na MAC passámos uns tempos complicados.
Eu li tudo o que havia sobre infertilidade, tratamentos, taxas de sucesso e preços.
Fiquei obcecada com o tema, chorava muito, não foi nada fácil.
Hoje, um ano depois deste post, sou mãe.
Tenho consciência da sorte que tivemos, que fomos abençoados por este pequeno milagre e que a vida se encarregou de nos trazer o nosso M.
Mas sei que nem sempre é assim e as pessoas que lutam e lutam e lutam para poderem ter um filho são muitas ( à minha volta são imensas as que recorreram, recorrem e vão recorrer à procriação medicamente assistida) para todas elas um beijinho de muita força e que tenham muita coragem para ultrapassar este obstáculo tão difícil e doloroso, porque quando conseguirem, tudo vai valer a pena.
T


15 dias de baby M

Faz hoje 15 dias que o nosso mundo mudou, faz hoje 15 dias que nos tornamos pais.
Continuamos todos bem nesta viagem maravilhosa.
T

28 de novembro de 2012

Amamentação

Desde que soube que estava grávida que sempre tive intenção de amamentar o M.
Informei-me ao máximo, frequentei workshops, o curso de preparação para o parto incidia muito sobre esta parte, li muito.
Apesar de me ter esforçado por estar informada, não me sentia nada preparada.
Sabia que ia ser uma fase difícil, porque estamos em recuperação, porque as hormonas estão malucas, porque é doloroso.
O M. mamou logo na 1ª hora de vida, a enfermeira ajudou e ele fez logo uma boa pega.
No hospital mamava de 2 em 2h, mas parecia-me que ele não comia nada, em relação às dores que eu sentia, ainda eram suportáveis.
Quando tive alta, a obstetra alertou-me para as maminhas, disse-me que a subida do leite poderia acontecer entre o 3º e o 5 º dia após o parto, para eu estar preparada para quando sentisse o peito muito quente e rijo.
A minha subida de leite aconteceu ao 4º dia.
Não foi fácil... duches de água quente, toalhas quentes, bomba, massagens, cremes vários e um grande milagre Syntocinon, que é um spray que se aplica no nariz 5 minutos antes da amamentação, à base de ocitocina e que faz o leite fluir mais facilmente.
Tenho na cabeça uma imagem minha às 4h da manhã, a chorar, a pensar que não sabia o que fazer, que o M. não pegava na maminha (porque como é óbvio, estava demasiado rija para ele conseguir pegar) eu a precisar de retirar o leite, para não fazer mastites e coisas que tal, e simplesmente não saber o que fazer ou como o fazer.
Foi a 1ª vez que usei a bomba e apesar de ser doloroso, as coisas melhoraram.
A verdade é que esse dia passou e o outro e o outro.
Sabia que tinha de aguentar com isto uma a duas semanas, mas que depois disto a amamentação iria estabilizar.
Não recorri aos bicos de silicone, tentei aguentar ao máximo para evitar as cólicas.
Hoje o M. tem uma maminha preferida, uma que ele adora mais que a outra, mas as coisas compuseram-se e estão praticamente estáveis.
A fase má demorou cerca de 5 dias.
Ainda hoje quando o vou amamentar, reviro os olhos com dor, mas depois do 1º minuto passa.
Qualquer dia sei que não terei qualquer dor.
Fiquei contente por ter ultrapassado esta fase.
T

Peso, cremes e remelas

O M. foi pesado na consulta de Neonatologia, com 5 dias de vida e já estava a ganhar peso.
Nos primeiros dias os bebés perdem sempre peso, só podem perder até 10% do peso com que nasceram, se começarem a perder mais, tem que lhes ser dado suplemento de alimentação.
O M. foi alimentado apenas com leite materno, portanto o ganho de peso descansou-nos muito, as coisas estavam a correr bem!
Ontem fomos de novo aos Lusíadas para voltar a ser pesado, os recém-nascidos são pesados semanalmente.
Está com 3.580kg portanto está tudo a correr bem com a amamentação.
Yeah!
Mas nem tudo são rosas, por outro lado tem a pele toda a escamar...
O M. nasceu muito branquinho e a enfermeira disse que os produtos da Mustela, são os que estamos a utilizar , podem causar algumas irritações e que para as peles muito claras ela costuma aconselhar a gama sensitive da Mustela.
Tínhamos cá em casa muitas amostras da Uriage e testámos durante o dia de ontem e estamos a testar hoje também, estamos satisfeitos e se calhar vamos ter que renovar o stock dos produtos de higiene.
Outra coisa mais aborrecida é que o pequeno M. está a lacrimejar, com algumas remelas e muito fanhoso... mas isto passa com uma boa dose de mimos.
Para a semana temos a 1ª consulta com o pediatra e fazemos de novo estas queixinhas todas.
T


25 de novembro de 2012

Behind the smiles_15 Novembro 2012 (Post longo)

Sempre fui uma pessoa muito maricas, o parto era um momento de medo que me fazia sempre pensar que não iria conseguir.
Durante a gravidez nunca pensei no meu momento do parto, sabia tudo sobre o mesmo, as diferentes fases, os procedimentos, o meu papel e o do R. em cada uma das etapas, mas simplesmente até ao final nunca quis imaginar como seria o meu.
Sempre que a minha cabeça começava a magicar como iria ser, tentava mudar o pensamento noutro sentido.
Tinha uma coisa em mente, o meu papel seria trazer o M. ao mundo o melhor que conseguisse, o meu papel era ajudá-lo na sua viagem.
Escrevo este relato para não me esquecer de nada deste dia, quero reter para sempre tudo o que aconteceu, quero lembrar para sempre o dia em que nasceste:

Era para ser um dia normal, tinha consulta agendada para as 11h para fazer ctg e toque.
Estava cheia de medo do toque, mas na minha cabeça o M. só iria nascer no fds.
Coincidência ou não, foi apenas neste dia que pusemos as malas e o ovinho no carro.
Fui até às Amoreiras para fazer tempo e esperar pelo R. que me iria acompanhar como sempre à consulta.
Chegámos ao consultório e fizemos o ctg, aguardámos que Drª chegasse para ver o resultado e fazer o toque.



Fomos chamados, quando entrámos a Drª. estava diferente, parecia stressada, pensei que seria por causa de ter chegado tarde (entretanto já eram 12h30), disse-nos que não tínhamos contrações nenhumas, comecei a brincar a dizer que ele não gostava da máquina, porque eu sentia contrações quando não estava ligada à máquina.
Mandou-me entrar e despir, calçou as luvas e fez o toque.
Não doeu nada, obviamente é desconfortável, mas tem a ver apenas com pressão e não com dor.
Fez ecografia para ver o peso, 3.680gr e eu continuava a sentir a Drª stressada, perguntei-lhe se aquilo tinha sido o toque ao que ela disse que sim... voltou a calçar as luvas e fez outro toque, semelhante ao primeiro, disse que apesar de não ter dilatação estava com o colo permeável.
Pesou-me 64.9Kg.
Vesti-me e quando cheguei à sala, ela disse que não queria esperar mais, que íamos provocar o parto nesse mesmo dia, porque o ctg mostrava que o M. já não estava confortável, os batimentos tinham desacelarado o que poderia indicar que ele já não estava muito bem na barriga e ela não quis arriscar esperar pelo fds.
Disse que ia ligar para os Lusíadas, que me iria dar qualquer coisa para eu tomar e para eu aguardar lá fora.
Lá fora eu já nem sabia bem o que pensar, ficámos nervosos.
Passados uns minutos ela sai do consultório diz-me para tomar meio comprimido com água e para ir directamente para o hospital que eles já estavam à minha espera e ela iria ter comigo a seguir.
Perguntei se poderia comer, ela disse que sim e que seria a última refeição que faria até ter o M.
Assim foi, fomos até casa muito rapidamente (a nossa casa fica muito próximo do hospital), comemos, tomei o comprimido e levámos algumas coisas que ainda não tínhamos colocado no carro de manhã.
Estava nervosa, muito nervosa.
14h
Chegados ao hospital mandaram-me entrar para fazer novo ctg, fiquei ali cerca de 30 minutos.
Enquanto nos arranjavam um quarto, disseram ao R. para ir ter comigo, ficámos mais 40 / 50 minutos no ctg.
A enfermeira disse que no momento não tinham nenhum quarto disponível, que iríamos para uma sala no bloco de partos e que dali já não iríamos sair sem o M. pediu ao R. para aguardar, que as enfermeiras me iriam preparar.
Preparar, significa despir a roupa e vestir a bata, colocar soro e ligar novamente o ctg.
Quando o R. chegou já eu estava com a minha bata verde, deitada na cama ligada ao ctg e com soro na veia.
Perguntei à enfermeira se não havia problema de estar maquilhada, com as unhas pintadas (pedi desculpa, mas disse que tinha sido tudo muito rápido sem ninguém estar a  contar) ela disse que não havia problema nenhum.
Assim estivemos, a ouvir música, na conversa , a ir à casa de banho, a ver o monitor do ctg, sem nenhuma dor, sem nada de nada.

17h
A minha médica chega ao hospital , fiquei super contente de a ver mas estranhei ser tão cedo, pelas minhas contas pensei que o M. fosse nascer por volta das 2h/4h da manhã, até avisámos os nossos pais de que provavelmente iria demorar.
A médica perguntou se tinho dores, não tinha nada de nada.
18h
A médica entra no quarto com uma enfermeira, pede a arrastadeira e colocam-na debaixo de mim e eu pensei mas eu não quero fazer nada, senta-se aos meus pés e a enfermeira fica do meu lado esquerdo e pede para eu lhe dar a mão, ela tirou uma espécie de agulha de crochet e eu fiquei banzada !!!! mas não, mais uma vez não é uma questão de dor, mas sim de pressão.
Rebentaram-me as águas.
O R. assistiu a tudo e ficou a pensar que me tinham magoado, mas não, não doeu foi mais o susto.
A partir daqui sim, fiquei com contrações, a minha mãe foi-me ver e nessa altura a médica entrou calçou as luvas e fez-me outro toque, às tantas uma pessoa já nem sabe a quantas anda se doi se não doi, este também acho que não doeu , mas ajudou-me bastante porque já estava com 2.5cm de dilatação o que permitiu que levasse a epidural.
19h30
Epidural, nada a acrescentar, tudo pacífico levamos uma anestesia antes e depois levamos a epidural que no meio daquilo tudo não é nada,  o difícil é que já estamos com contrações fortes e custa-nos estarmos quietas.
A partir daqui são cerca de 10 minutos até atingirmos o céu, não sei se é por causa de passarmos de uma situação de dor intensa para uma situação sem dor, a verdade é que pensei que estava no céu, até me sentia meio zonza ( apesar da epidural afectar apenas a parte de baixo do corpo) sentia-me tão bem que dizia ao R. que até me apetecia chorar de tão bem que estava!!! 
Sabia que a epidural tem 2h de duração e que se precisasse de reforço devia pedir, mas a minha médica não queria que eu estivesse sobre o efeito da epidural durante a expulsão para conseguir ajudar e fazer força.
Durante todo o processo de trabalho de parto, eu tremia como se não conseguisse controlar o meu corpo.
A partir daqui não sei bem as horas a que as coisas foram decorrendo, a médica foi entrando e vendo a dilatação, lembro-me de estar com 5cm, depois logo a seguir 8cm e depois ela disse para eu começar a fazer força se me apetecesse.
Entrou uma enfermeira a pedir as roupas do M. para as aquecer e eu fiquei a olhar para ela...já?! mas vai ser já?!
A minha médica entra na sala e disse, vamos a isto vamos começar o parto, e parecia um festival dentro da sala, pessoas a entrar e a sair , a cama transforma-se, perneiras , apoios para as mãos protecção para as pernas e aí vamos nós.
Não sei a que horas começou esta parte, comecei a fazer força, ao princípio no sítio errado depois no sítio certo e o M. começou a descer, a médica deixou o R. ver de frente algumas partes.
O R. foi impecável sempre ao lado a ajudar, a incentivar , a apoiar !
Começou a dizer está quase aqui, faça força, já estou a ver a cabeça.
Mas eu já estava a ficar cansada, não estava a conseguir e de repente vejo a médica a abrir um bisturi...
Pedi por favor deixe-me tentar mais uma vez... eu consigo!! palavras de desespero =) aqui já estava um pouco descontrolada!
Ela disse que me dava uma última oportunidade, mas não consegui e então teve que ser através de fórceps.
Lembro-me de chorar e deitar a cabeça para trás, estava cansada , exausta.
E de repente sinto que me estou a partir ao meio, uma pressão enorme e saiu a cabeça, o cordão estava à volta do pescoço, por isso o R. não o cortou.
A enfermeira pergunta se o quero no meu peito e começa a tirar-me a bata.
Saem os ombros e de repente a famosa frase:
21h16m.
Puseram-no em cima de mim e só conseguia chorar e ouvir o R. dizer : Ele é lindo amor! É lindo!
As minhas primeiras palavras foram: eu não acredito, eu não acredito, isto é um milagre!
Depois de tudo isto o normal: os pontos e depois o recobro onde o M. mamou pela primeira vez.
Só queria ir para o quarto, para ir ter com o R. e com os meus pais e irmã, parecia que as horas nunca mais passavam.
Quando saímos para o quarto tínhamos a família à nossa espera, de lágrimas nos olhos!
Nunca esquecerei estes momentos.
Diz-se que nos dias seguintes ao parto, revemos os momentos todos e é mesmo verdade, ainda hoje revejo este dia, este dia maravilhoso.
A primeira noite a três foi maravilhosa, dormi de mão dada com o M. sempre a olhar para ele, parecia-me impossível ele estar ali.

16 Novembro
Durante a manhã fiz o levante, que implica com ajuda da enfermeira, levantarmo-nos e tomarmos um banho.
Parecia-me estar tudo bem e a enfermeira foi-se embora, de repente caí para o lado.
Só me lembro de olhar para as minhas botas e para o chão e pensar, mas onde é que eu estou?! Nem me lembrava que estava no hospital.
Durante este dia tive mais algumas quebras de tensão, mas tudo normal.
Durante este dia recebemos muitas visitas, o M. foi pesado, medido e foi visto pelo neonatologista que lhe fez os exames dos reflexos e tomou o seu primeiro banho.
Recebi duas alianças que o R. me deu, uma com o nome do M. e outra com o meu, para juntar à aliança de casamento.
Recebi também dos meus pais um fio com um brilhante, para representar a nova estrela da minha vida
Ao final do dia a minha médica passou lá e deu-me alta para o dia seguinte.
Yeahhh! Íamos para casa, finalmente!
Estava ansiosa de ir para casa.

17 Novembro
Estar no hospital é : entrarem no quarto mil médicos, enfermeiros e auxiliares a toda a hora!
Começámos com a enfermeira da neonatologia, para saber se estava tudo bem, pesar o M. dar-lhe duas vacinas. (uma delas ele chorou muito e por incrível que pareça também chorei! Pedi desculpa à enfermeira e disse que normalmente não sou assim, mas que devia ter as minhas hormonas todas alteradas!)
Médica obstetra, para ver a mãe ( e as maminhas da mãe!)
Neonatologista para dar a alta ao bebé.
A Maria auxiliar que esteve connosco durante a nossa estadia e que foi a pessoa que me levou para o bloco quando fiz a minha punção =)
À hora do almoço estávamos despachados, íamos finalmente para casa.
Os meus pais foram ajudar-nos e chegámos a casa.

WE ARE FAMILY!




24 de novembro de 2012

1º dia do resto da tua vida

Pensávamos que seria uma dia igual a tantos outros, por coincidência foi o dia em que decidimos colocar as malas no carro.
Percebemos depois que este não seria um dia qualquer e de que a nossa vida nunca mais seria a mesma.

Saímos nervosos de sorriso na cara e no coração, confiantes de que quando regressássemos a casa seríamos melhores e completos.

Não existem palavras, o nervoso que senti foi um misto de emoções que não consigo explicar, um pouco de medo, de ansiedade, de curiosidade, tentei sempre não imaginar este dia e deixar o imprevisto desenrolar esta aventura, louca tentei que o momento fosse imprevisível e natural , tão contrário aquilo que sou, organizada com tudo planeado ao pormenor, para que nada falhe.
Nunca tentei imaginar feições ou parecenças, não esperei contar-te os dedos das mãos ou dos pés, contei dizer-te baixinho, bem-vindo Mateus que sejas muito feliz nesta vida.
A vida lá fora do hospital continuou, mas eu fiquei parada naqueles momentos tão fortes em que te conheci, no momento em que te senti, pele com pele, ainda quente e sujo, lembro-me de te cheirar, de ficarmos assim quietos e de termos percebido logo que este foi o encontro mais extraordinário de todos.
Nessa noite dormimos de mãos dadas, estávamos completos.
Foi um dia de fé, a tua vida começou.
T

22 de novembro de 2012

Primeira semana

O M. fez hoje uma semana, tem sido uma aventura, a melhor de todas.
O tempo não tem  dado para tudo, mas estou a anotar tudo para depois deixar aqui o registo.
T

dia-a-dia

O tempo passa a correr, nos primeiros dias hibernámos e adoptámos as rotinas do M. dormíamos quando ele dormia, acordávamos quando ele acordava.
Depois aos poucos ele foi conseguindo dormir de noite e já estamos mais habituados à nova rotina.
Tudo é novo, as fraldas, o banho, o cordão, o choro, a subida de leite, o próprio bebé é uma pessoa nova a quem nos estamos a habituar.
Costumo dizer que estamos os três a aprender uns com os outros, nestes primeiros tempos.
Mas estamos apaixonados, nunca pensámos que fosse assim, o M. é lindo!!! nunca pensei ter um filho tão lindo!
As minhas hormonas estão malucas e dou por mim a chorar por tudo e por nada, no outro dia estava na cama a mimar o M. e estava a chorar o R. chegou ao pé de mim e perguntou: Estás bem? e eu só consegui dizer estou emocionada!
Adoro olhar para ele e pensar que este ratinho era quem estava dentro da minha barriga, é incrível, passamos horas a namorar os três.
Estamos muito contentes e completamente apaixonados, é sem dúvida a melhor experiência da vida.
Para registo:

19 de Novembro
Primeira saída (sling)
Registo do M.
Subida de leite

20 de Novembro
Consulta Neonatologia (onde pesámos o M. e soubemos que já estava a ganhar peso)
Primeiro banho (pai)
Queda umbigo

21 de Novembro
Primeiro contacto Tomás/M.

23 de Novembro
Visita enfermeira
Consulta Mãe (tirar pontos)
T




13 de novembro de 2012

Coisas várias

Acabei de fazer a entrega do IVA =(, é sempre um grande stress.
Tentei ontem não consegui, hoje de manhã o site estava em manutenção... não se percebe, liguei para o número que deixam no site, mas ninguém nos consegue ajudar.
Enfim, está feito.
Recebi hoje o telefonema da loja da swatch a dizerem que a peça para o meu relógio tinha chegado, nice!! 
Parti o meu relógio há quase um ano, mas custa-me dar 30 Euros pela bracelete e então andava a ver em todas as lojas se existiam peças que tivessem sobrado de outros relógio, até porque eu própria quando comprei o meu tive que retirar peças da bracelete para o ajustar ao meu pulso, mas infelizmente as peças que eu tinha não eram, nenhuma delas, iguais à peça que se partiu e que por azar é a única que é diferente.
No dia 1 de Novembro levei o relógio e pensei tem mesmo que ser, de outra forma nunca mais uso o relógio, cheguei à loja e pedi uma bracelete, mas o R. lá se lembrou de perguntar mais uma vez ( já tínhamos perguntado no Colombo, Amoreiras, Vasco da gama) e tinham-nos dito que ia ser muito difícil encontrar a peça, mas eis que o rapaz simpático diz que não tem mas que vai ligar para a loja do Vasco da gama e não é que tinham a peça!!
Fiquei abismada. Hoje vou buscá-la e arranjar o meu relógio, que saudades!
Amanhã vou rumar de novo ao cabeleireiro para me retocarem já nem sei bem o quê ( ou o M. nasce ou fico sem pele!).
Hoje almocei no Mcdonald's com o R. estava com uma GRANDE vontade de comer um hambúrguer.
A nossa obra já inaugurou!!! Estou ansiosa por ver o resultado ( adoro obras rápidas sem demoras, é a vantagem de ser uma obra muito pequena e num centro comercial!)
E hoje soube que uma obra que estava parada há quase ano e meio (!!!) por causa da Câmara, finalmente vai avançar!
Será?!
A altura não é perfeita...mas é o que temos e temos mesmo que fazer tudo por tudo pela vidinha.
Tudo se encaixa.
T


Deixar...

Custa-me deixar-te sair.
Não sei explicar nos últimos dias só consigo chorar, não me apetecia deixar de te ter aqui dentro!
Também estou ansiosa para te conhecer, mas tenho pena de perder esta proximidade única que fomos vivendo ao longo dos 9 meses.
O R. está muito ansioso e isso deixa-me feliz.
Não consegui arrumar o vestido das riscas que comprei no Verão e que o vesti tanto, deixei-o cá fora pendurado ao lado da roupa de inverno  e quando olho para ele dá-me uma grande nostalgia.
Vou ter tantas saudades de te ter aqui dentro Mateus, das cócegas que fazes à noite quando mudo de posição, de saber quando acordas de manhã, de te ter tão meu.
T

12 de novembro de 2012

Infacol vs Infacalm

Hoje sem falta quero encomendar o Infacol.
Sim já sei que cá em Portugal existe um equivalente que se chama Infacalm, mas depois de ler o post da Restelinha quero mesmo encomendar o verdadeiro.

Dor Ciática

Falei agora com a  médica que me disse para começar a tomar Neurobion, basicamente é vitamina B12 que me poderá ajudar nestas dores.
Se não der resultado terei que apanhar umas injecções.
O neurobion são os comprimidos que o Tomás toma desde que veio para nossa casa, por causa dos músculos das patas traseiras que nós achávamos que não estavam tão desenvolvidos como deveriam e o criador disse para nós lhe darmos o Neurobion.
Fartei-me de rir =) quando a Drª. me receitou o mesmo.
Quero muito manter o espírito positivo e não me deixar ir nesta dor estúpida que me quer estragar a última semana antes do M. chegar.
E eu sou um osso duro de roer.
T

Ansiosos e eufóricos


O 1º CTG _ 36 semanas







Estas são as imagens do 1º CTG de rotina que fizemos às 36 semanas.
Ainda não as tínhamos colocado aqui.
T